top of page
  • Foto do escritorNayara Vilarinho

“Estou com medo!” “Estou ansioso!” “Estou estressado!” Qual a diferença entre esses estados?

Quem nunca disse uma das frases acima que atire a primeira pedra! Diferenciar cada um destes estados pode levar o indivíduo a entender melhor o que sente e, caso se faça necessário, buscar ajuda profissional.


O medo e a ansiedade são estados emocionais comuns a todos nós, são essenciais, pois, têm valor adaptativo. Ou seja, são necessários para nossa sobrevivência enquanto espécie, já que eles acionam nosso sistema de proteção da vida, nos preparando para fugir ou enfrentar os perigos. Sendo assim, eles não são tão vilões quanto parecem. Apesar de serem sentidos como desagradáveis, em doses equilibradas, favorecem nosso desempenho frente a algumas tarefas.


Assim, medo e ansiedade estão correlacionados como duas faces de uma mesma moeda, já que nosso organismo reage da mesma maneira diante deles. O que os diferencia são as situações que desencadeiam cada um. Quando sentimos medo, estamos diante de uma situação clara, real e concreta de ameaça e perigo. Por exemplo, olhar para os dois lados antes de atravessar a rua, é uma reação que nos leva a evitar um perigo real de ser atropelado.


Já a ansiedade, é uma sensação desencadeada por situações potencialmente ameaçadoras, o perigo é incerto, muito mais imaginário que real. Há uma manifestação distorcida e desproporcional diante de situações, muitas vezes cotidianas. Por exemplo, fazer uma prova importante pode ser uma situação ameaçadora a depender da forma como eu a interpreto: “Essa prova vai estar muito difícil, não vou passar!” Muito provavelmente vou desenvolver um estado ansioso antes e durante a prova, experimentando sintomas de ansiedade que só tendem a desaparecer quando o resultado da prova for divulgado.


Diante de situações ameaçadoras, reais ou imaginárias, nosso corpo é inundado pelos hormônios do estresse: Adrenalina, Noradrenalina e Cortisol. Responsáveis por produzir os sintomas ansiosos como taquicardia, sudorese, tremores, boca seca, calafrios, tontura, respiração acelerada, dentre outros. Bom, é nesse momento que podemos dizer que estamos estressados, já que o estresse é a reação bioquímica que o medo e a ansiedade provocam no nosso corpo, podendo ser agudo ou crônico.


Além dos sintomas fisiológicos, medo e ansiedade também provocam sintomas emocionais, como irritabilidade; cognitivos, como dificuldade de concentração; e comportamentais, como fugir e/ou esquivar-se de situações que provocam ansiedade.


Logo, quando todos esses sintomas se tornam frequentes e afetam nossa funcionalidade, em uma ou mais áreas de nossas vidas, tais como: profissional, familiar, social, afetiva, acadêmica e saúde, levando o indivíduo a querer se recolher a fim de evitá-los, os Transtornos de Ansiedade já estão instalados, sendo os principais: Transtorno o Pânico, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT), fobias específicas e timidez excessiva.


Nestas circunstâncias, onde a ansiedade e o medo saíram do controle e viraram doença, é imprescindível buscar tratamento medicamentoso e psicológico, prestados pelos profissionais de saúde mental, psiquiatras e psicólogos. Contudo, antes dos sintomas se intensificarem, o processo terapêutico pode ser eficiente e decisivo na prevenção do adoecimento.

45 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page