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“Como controlo minha ansiedade?”

Foto do escritor: Nayara VilarinhoNayara Vilarinho

Essa é uma pergunta que costumo ouvir de forma recorrente em minha prática clínica, seguida do pedido: "Quero me livrar dessa ansiedade, me diga o que eu tenho que fazer.” É natural, diante do desconforto físico e emocional que níveis elevados de ansiedade causam, que venhamos a nos comportar para contê-la ou evitá-la.


Mas devo alertá-los, como faço com meus pacientes, que as tentativas de controle da ansiedade acabam por colocá-la como protagonista de nossas vidas! Ou seja, o gasto de tempo e energia na tentativa de domá-la ou eliminá-la, faz com que ela ganhe ainda mais destaque, se intensifique, nos fazendo fugir dela ou evitá-la a qualquer custo, o que pode nos paralisar e por consequência deixamos muitas vezes de viver o que nos importa.


Também não temos como abolir a ansiedade das nossas vidas, ela tem uma importante função de nos proteger, é como um alarme interno que soa para nos alertar de que algo pode ser perigoso e precisamos nos preparar para enfrentar.


Então, já que eliminá-la é impossível e controlá-la é ineficaz, o mais funcional é mudar a forma como nos relacionamos com ela, quando a ansiedade aparecer tente entender o que ela pode estar sinalizando, porque ela está ali naquele momento, quais são os pensamentos e sentimentos que a acompanham, como ela se manifesta no corpo, o que fazemos e o que deixamos de fazer quando ela aparece... Difícil? Talvez, mas permanecer no piloto automático apenas reagindo a ansiedade sem observar como ela se manifesta na sua vida, te afasta de ter uma relação mais saudável com ela.


Cabe ressaltar que quando a ansiedade já está adoecida, ou seja, quando sua manifestação acarreta prejuízos ao cotidiano, se faz necessário além da psicoterapia a avaliação médica de um Psiquiatra, que decidirá sobre a necessidade ou não do recurso medicamentoso.

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